quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Prostituição - As meninas do trecho


A prostituição infantil é um dos males das estradas brasileiras, com destaque para o Nordeste, onde as meninas fogem de casa e fazem programas em troca de um prato de comida quando encontram um carreteiro disposto a topar a perigosa aventura.

A prostituição infantil e a exploração sexual de menores está presente em todas as capitais brasileiras, principalmente nas cidades litorâneas do Nordeste. Dados estatísticos comprovam que a violência dentro de suas próprias famílias levam a criança e o adolescente por este caminho, os quais são vulneráveis a esse tipo de atitude que causam danos irreparáveis para o seu desenvolvimento físico, psíquico, social e moral. Esses danos podem trazer conseqüências penosas como, por exemplo, o uso de drogas, o abandono dos estudos, a gravidez precoce indesejada, distúrbios de comportamento, condutas anti-sociais e infecções por doenças sexualmente transmissíveis. Locais com grande movimentação de caminhões e entroncamentos de rodovias como o de Feira de Santana/BA, o maior eixo rodoviário do Norte e Nordeste, e caminho para todas as estradas estaduais e BRs que cortam o Estado da Bahia, são estratégicos para a economia do País, mas por outro lado são pontos de encontro e desencontros, onde meninas menores são levadas e trazidas de outras cidades para ganhar a vida na prostituição.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A experiencia da casa de passagem


A experiência da Casa de Passagem

A mais recente pesquisa sobre crianças e adolescentes de rua, submetidos à exploração ou prestes a isso, foi realizada em 1991 e 1992 pelo Centro Brasileiro da Criança e do Adolescente – Casa de Passagem, no Recife, só com meninas e com apoio da Save the Children. Contaram 1.015 meninas (53% dos 6 aos 16 anos). A ocorrência de prostituição entre elas se elevava a 45%. Essa pesquisa serviu para a Casa de Passagem iniciar seu trabalho que, segundo sua Diretora, Ana Vasconcelos, faz a defesa social e individual de meninas e adolescentes mulheres que vivem nas ruas.

"A filosofia do projeto é a abordagem psico-sócio-educativa, trabalhando com as meninas para seu fortalecimento individual e grupal, dando chance a que experimentem relações humanas mais construtivas" – diz a Diretora. Para isso é feito contato direto escutando a história de vida de cada uma, estimulando a fala e o valor pessoal, "quebrando o circuito de silêncio entre as mulheres pobres". Por esse caminho, a Casa de Passagem está sendo a mais bem sucedida reação contra a exploração de menores. Atua em 11 comunidades pobres, tem sede central dentro de uma delas. De 94 para cá, chegou a 200 mil atendimentos.

"Aqui tomo banho, dou banho no meu filho, tem psicólogo, refeição. Se essa casa fechar, vai ser o fim do mundo" – diz Maria Cláudia, 16 anos. Para isso há o apoio da cooperação internacional e parcerias com o Programa Criança Cidadã do Governo Federal. "Trabalhamos com quem o Estado não se interessa. Não se sabe como esse projeto vai sobreviver, mas não desistimos", diz a Diretora, antevendo que os apoios não são eternos. A Casa distribuiu nos últimos meses 30 mil folhetos sobre Aids e 50 mil camisinhas. O drama das meninas de rua é encenado pelo chamado Teatro da Saúde, da Casa, na peça O Bolero de Rachel, tendo as meninas como atrizes. A peça já foi assistida por 150 mil pessoas.

A adolescente Rute, 16 anos, hoje na Casa de Passagem, conta: "Eu tava dormindo muito drogada de Rupinol. Aí, a pessoa quando toma Rupinol pode fazer tudo que quiser que não sente nada. Aí um homem tirou minha roupa, fez o que quis comigo. Quando eu acordei, tava toda melada de sangue. Era de madrugada. Eu tinha 12 anos."

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Deputado propõe formação de força-tarefa para combater a prostituição infantil


Denúncias freqüentes ligadas à prostituição infantil no Acre fizeram o deputado estadual, Walter Prado tomar uma postura enérgica na manhã de ontem, visando combater o crime.
Ele propôs durante sessão na Assembléia Legislativa que o Estado constituísse uma força-tarefa envolvendo as polícias Civil e Militar, Rodoviária Federal e Polícia Federal.
Com a estratégia, o deputado acredita que o Estado poderá dá uma resposta eficiente aos casos que vêm fortemente noticiados na imprensa local. “E isso é só uma parte do que tomamos conhecimento. Certamente há muitos outros casos que não chegam ao conhecimento das pessoas”, declarou.
O crime torna-se mais fácil de ser praticado nesta região em razão da localização geográfica, segundo o deputado. Ele destacou que crianças acreanas são mantidas presas na Bolívia para a prática do sexo pago e dificilmente conseguem voltar para a família.
“Agora, com a construção da estrada para Cruzeiro do Sul, o Estado deverá ter mais cuidado ainda. Ali pode ser uma rota para o tráfico de crianças e isso precisa ser evitado desde já, com a atuação da força-tarefa”, reforçou.
A proposta feita pelo deputado prevê ainda um atendimento contínuo em casos já consumados. Nessa outra etapa, a criança vítima de prostituição infantil deverá receber acompanhamento médico e psicológico oferecido de forma gratuita e especializada pelo Estado.
“Estarei engajado nesta luta o tempo que for preciso até que minha proposta seja atendida. A prostituição infantil é um crime que precisa ser combatido já, não podemos admitir que ele continue sendo praticado sem que nenhuma medida seja tomada”, completou.

sábado, 2 de junho de 2007

Descoberto mais um esquema de prostituição infantil


A prisão de um homem e uma mulher no Triângulo Mineiro levou a polícia a desvendar o desaparecimento de uma menina de 12 anos no Rio Grande do Sul. Foram duas semanas presa num quarto sem janelas, na cidade de Delta, em Minas Gerais. A menina de 12 anos, raptada em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, conta que estava entre um grupo de jovens vítimas de um esquema de prostituição infantil.
"Uma de 14, outra de 15 e uma de 17", disse ela. A adolescente acreditou na falsa promessa de que trabalharia como modelo. Um homem e uma mulher que tentavam fazer documentos falsos para a menina estão presos na penitenciária de Uberaba. "Ele ia me vender", conta ela.
A polícia gaúcha investiga se há ligação entre os presos e o desaparecimento de outra menina, de 11 anos, que foi levada de casa em maio do ano passado. Até hoje ela não foi encontrada. O casal também é suspeito de tentar tirar do Rio Grande do Sul outras duas crianças: uma menina de nove anos e um menino de sete meses.
Quem acusa é a mãe das crianças. Ela conta que a presa prometia uma vida de luxo para as crianças em São Paulo, onde ela dizia morar. "A tentação dela foi fazer promessas para minha menina, que ela ia só brincar, que lá ela ter tudo, conforto, luxo. Ela queria que eu fosse no conselho tutelar passar uma procuração para ela como ela ia levar a menina", disse a dona de casa, Evi Peres.
Os investigadores suspeitam que o esquema de prostituição infantil tenha ramificaciones em outros estados e até fora do país.
"Com certeza estas meninas seriam usadas para a prostituição. São crianças que, pela sua condição, não têm condição de reação", afirmou o delegado de polícia Paulo Costa Prado.
Uma equipe de policiais gaúchos está viajando para buscar os presos e a menina resgatada em Minas. "É uma tristeza saber que eu como mãe, saber que passou por tantas mãos e foi judiada até achar. Não vejo a hora dela vir e poder abraçar ela e saber que ela está viva", comentou a mãe da menina, Adriana Santos.
As meninas aliciadas estariam sendo levadas também para os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Pontos de Prostituição infantil


Segurança Pública Polícia Rodoviária localiza 1.918 pontos de prostituição infantil
Pontos vulneráveis à exploração sexual ficam nas estradas federais. Postos de combustíveis, bares e casas de prostituição são considerados locais críticos
Levantamento da Polícia Rodoviária Federal - PRF - aponta a existência de 1.918 pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes nos 60 mil quilômetros de estradas federais. Os números foram divulgados, hoje, Dia de Combate ao Abuso e Exploração Sexual.
O mapeamento é feito permanentemente pela instituição. Até o fim de 2006, eram 1.222 pontos. Em 2005, foram registrados 855 pontos. Para a Polícia Rodoviária, o aumento no índice não reflete o crescimento dos casos. Os policiais dizem que houve maior aparelhamento da instituição nesse período.
Segundo o levantamento, o estado que concentra maior número de pontos vulneráveis à prostituição infantil é Minas Gerais (290), seguido do Rio Grande do Sul (217). Rio Grande do Norte e Pará ficam em terceiro lugar, com 135 pontos, cada um.
A Polícia Rodoviária destaca que Minas Gerais não pode ser considerado o estado "mais problemático" por apresentar 290 prováveis pontos de exploração sexual de crianças e adolescentes. Segundo a instituição, o número de pontos não reflete a quantidade de menores em situação de risco. Em um único local, o número de menores exploradas pode variar. A PRF informa que "não se pode afirmar qual estado possui pior quadro".
Em 2006, a Polícia Rodoviária Federal encaminhou 127 crianças e adolescentes em situação de risco aos Conselhos Tutelares. Em 2007, foram flagradas 65 menores na mesma condição. Os pontos considerados críticos são os pátios de postos de combustíveis, bares, restaurantes e casas de prostituição às margens das rodovias.
O relatório é elaborado pela Divisão de Combate ao Crime, com apoio da Coordenação de Inteligência e das delegacias da PRF. O mapeamento é usado no planejamento de ações de prevenção e repressão à exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas.

CRIMINALIDADE SEXUAL AUMENTA


"Não é o iceberg que está a aumentar, mas a visibilidade do iceberg”. Para Carlos Farinha, coordenador de investigação da Polícia Judiciária, o processo Casa Pia representa “um marco histórico na sensibilização” para os crimes sexuais contra as crianças, razão pela qual os casos triplicaram entre 2002 e 2003 e, desde então, são superiores a mil por ano. No seminário que assinalou o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas e Exploradas Sexualmente, Farinha revelou os dados da criminalidade sexual dos últimos anos: uma média de 1300 casos anuais. “Parece-me demasiado”, considerou o coordenador da PJ, revelando ainda que na maioria das situações havia uma relação familiar entre vítima e agressor, ao mesmo tempo que os principais denunciantes são pais e mães. Carlos Farinha alertou ainda para os riscos da internet e sublinhou que, em Portugal, há vítimas muito novas, com menos de três anos de idade, e agressores com mais de 70 anos.


A maioria das crianças desaparecidas, entretanto, localizadas pelo Instituto de Apoio à Criança (IAC) através do Projecto Rua, é encontrada a prostituir-se. Só nos últimos três meses, e em Lisboa, foram encontrados 24 jovens na prostituição, 17 dos quais no Parque Eduardo VII – um número elevado quando comparado com o total de 33 crianças recuperadas, nestas condições, em todo o ano de 2006. Contas feitas, desde o início do ano passado até agora foram detectados 57 menores a vender o corpo na capital.

Segundo os dados divulgados pelo IAC, na sequência do Dia Internacional das Crianças Desaparecidas e Exploradas Sexualmente, o Parque Eduardo VII, no centro de Lisboa, continua a ser a principal zona de risco da capital, seguida pelas imediações do Instituto Superior Técnico e do Intendente. As vítimas são na sua maioria rapazes portugueses com menos de 16 anos, que fogem de casa por diversas razões, designadamente maus tratos. Aliás, dos 79 casos de desaparecimentos participados ao IAC desde 25 de Maio de 2004 – data em que entrou em funcionamento a linha SOS 1410 –, 34 revelaram ser fugas protagonizadas pelos menores, 22 raptados por familiares e apenas oito se concluiu tratar-se de raptos por terceiros. Em Lisboa foram detectados o maior número de casos: 35. É também na capital que funciona o Projecto Rua do IAC, coordenado por Matilde Sirgado, através do qual foram identificadas, em 2006, 106 crianças de rua: 31 por denúncia e 76 por diagnóstico presencial dos técnicos, que patrulham as principais zonas de risco de Lisboa. No entanto, e numa altura em que Portugal assiste com expectativa ao caso do desaparecimento de Madeleine, de quatro anos, no Algarve, o IAC lembra que há muitos casos falsos que também inflacionam as estatísticas dos desaparecimentos.Muitas das situações são denunciadas por pais que, posteriormente, se verifica estarem impedidos de contactarem com os filhos e outras têm como objectivo principal benefícios económicos, como é o caso dos muitos e-mails falsos. “Sempre que receberem esses e-mails reencaminhem para nós [http://www.iacrianca.pt/]”, alertou Alexandra Simões, explicando que o IAC poderá imediatamente confirmar se se trata de uma situação verdadeira ou falsa.

domingo, 27 de maio de 2007


Turismo incentiva prostituição infantil no Brasil


Na véspera da maior putaria organizada do mundo, a ONU soltou o relatório do enviado especial para prostituição e pornografia infantil, Juan Petit, denunciando a exploração sexual de crianças no Brasil.

Segundo a Reuters, o relatório (que ainda não está on-line, mas deve aparecer aqui) o número de crianças abusadas aqui pode chegar a 500 mil, já que muitos casos não são denunciados.

Além disso, segundo o texto, a polícia é ineficiente ou corrupta na investigação desse tipo de crime hediondo e o Ministério Público é impotente.


O problema não é só a falta de criatividade marqueteira do turismo brasileiro que insiste em vender as bundas de Copacabana.

Para acabar com mais essa vergonha, antes é preciso diminuir o nível da hipocrisia nacional.

Estive em Fortaleza há alguns anos e visitei todos os hotéis razoáveis da cidade.

Em quase todas as recepções dos hotéis mais caros da avenida Beira-Mar havia um cartaz da campanha contra a prostituição infantil alertando aos turistas estrangeiros que isso é um crime por aqui e as autoridades brasileiras iriam punir rigorosamente os tarados.

Seria até bacana, se não bastasse atravessar a avenida extremamente bem policiada para encontrar putas jovens trabalhando.

Como explicar para os italianos grosseiros e alemães gordos que o combate à protituição infantil é sério no Brasil, se há mulheres oferecendo o corpo tranquilamente a menos de 10 metros de um policial?

Os guardiões da ética e da moral nacional ficaram ofendidos com o dedo médio de 2 americanos erguidos para a Polícia Federal.

Fizeram o maior bafafá. Mas não vejo nenhum estrangeiro comedor de criancinhas no noticiário... Depois fazem piada de português.