sexta-feira, 15 de junho de 2007

Deputado propõe formação de força-tarefa para combater a prostituição infantil


Denúncias freqüentes ligadas à prostituição infantil no Acre fizeram o deputado estadual, Walter Prado tomar uma postura enérgica na manhã de ontem, visando combater o crime.
Ele propôs durante sessão na Assembléia Legislativa que o Estado constituísse uma força-tarefa envolvendo as polícias Civil e Militar, Rodoviária Federal e Polícia Federal.
Com a estratégia, o deputado acredita que o Estado poderá dá uma resposta eficiente aos casos que vêm fortemente noticiados na imprensa local. “E isso é só uma parte do que tomamos conhecimento. Certamente há muitos outros casos que não chegam ao conhecimento das pessoas”, declarou.
O crime torna-se mais fácil de ser praticado nesta região em razão da localização geográfica, segundo o deputado. Ele destacou que crianças acreanas são mantidas presas na Bolívia para a prática do sexo pago e dificilmente conseguem voltar para a família.
“Agora, com a construção da estrada para Cruzeiro do Sul, o Estado deverá ter mais cuidado ainda. Ali pode ser uma rota para o tráfico de crianças e isso precisa ser evitado desde já, com a atuação da força-tarefa”, reforçou.
A proposta feita pelo deputado prevê ainda um atendimento contínuo em casos já consumados. Nessa outra etapa, a criança vítima de prostituição infantil deverá receber acompanhamento médico e psicológico oferecido de forma gratuita e especializada pelo Estado.
“Estarei engajado nesta luta o tempo que for preciso até que minha proposta seja atendida. A prostituição infantil é um crime que precisa ser combatido já, não podemos admitir que ele continue sendo praticado sem que nenhuma medida seja tomada”, completou.

sábado, 2 de junho de 2007

Descoberto mais um esquema de prostituição infantil


A prisão de um homem e uma mulher no Triângulo Mineiro levou a polícia a desvendar o desaparecimento de uma menina de 12 anos no Rio Grande do Sul. Foram duas semanas presa num quarto sem janelas, na cidade de Delta, em Minas Gerais. A menina de 12 anos, raptada em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, conta que estava entre um grupo de jovens vítimas de um esquema de prostituição infantil.
"Uma de 14, outra de 15 e uma de 17", disse ela. A adolescente acreditou na falsa promessa de que trabalharia como modelo. Um homem e uma mulher que tentavam fazer documentos falsos para a menina estão presos na penitenciária de Uberaba. "Ele ia me vender", conta ela.
A polícia gaúcha investiga se há ligação entre os presos e o desaparecimento de outra menina, de 11 anos, que foi levada de casa em maio do ano passado. Até hoje ela não foi encontrada. O casal também é suspeito de tentar tirar do Rio Grande do Sul outras duas crianças: uma menina de nove anos e um menino de sete meses.
Quem acusa é a mãe das crianças. Ela conta que a presa prometia uma vida de luxo para as crianças em São Paulo, onde ela dizia morar. "A tentação dela foi fazer promessas para minha menina, que ela ia só brincar, que lá ela ter tudo, conforto, luxo. Ela queria que eu fosse no conselho tutelar passar uma procuração para ela como ela ia levar a menina", disse a dona de casa, Evi Peres.
Os investigadores suspeitam que o esquema de prostituição infantil tenha ramificaciones em outros estados e até fora do país.
"Com certeza estas meninas seriam usadas para a prostituição. São crianças que, pela sua condição, não têm condição de reação", afirmou o delegado de polícia Paulo Costa Prado.
Uma equipe de policiais gaúchos está viajando para buscar os presos e a menina resgatada em Minas. "É uma tristeza saber que eu como mãe, saber que passou por tantas mãos e foi judiada até achar. Não vejo a hora dela vir e poder abraçar ela e saber que ela está viva", comentou a mãe da menina, Adriana Santos.
As meninas aliciadas estariam sendo levadas também para os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco.